Em um mês, R$ 1 mil gera mais R$ 600. No mínimo. E o melhor: você nem precisa sair de casa para isso. É só responder a cinco perguntas propostas diariamente por um site. E pode pesquisar na internet para responder, se quiser. E não se preocupe, ninguém do portal vai checar se as respostas estão corretas. Parece brincadeira, mas não é.
É esse o negócio que uma empresa pernambucana de marketing multinível chamada Priples propõe aos usuários. Com quantias a partir de R$ 100, o investidor ganha o direito de ser remunerado em 2% ao dia durante um ano. A promessa de ganhos chama tanta atenção que também atraiu os olhares da Polícia Civil de Pernambuco, que abriu inquérito para investigar um suposto crime contra a economia popular - mais conhecido como esquema de pirâmide financeira.
O delegado titular da Delegacia do Ipsep e autor do inquérito contra a Priples, Carlos Ferraz, acredita que o caso se trate de uma pirâmide e só espera o resultado da perícia contábil para comprovar oficialmente sua tese. Ferraz conta ainda que a Priples poderá ser indiciada por outros crimes, como formação de quadrilha, sonegação fiscal e estelionato.
O dono da empresa, Henrique Maciel Carmo de Lima (foto), foi intimado para depor, mas não compareceu. Quando for concluído, o caso será levado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).