Os funcionários da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) param as suas atividades nesta segunda-feita (17). A greve de advertência é para protestar contra o Sistema Eletrobrás, da qual a Chesf é integrante, que ainda não apresentou uma proposta de reajuste salarial. A data-base da campanha é maio.
Segundo servidores, a empresa cancelou a última rodada de negociação, que estava marcada para o dia 5 deste mês. A paralisação é nacional, em todas as empresas que compõem o Sistema Eletrobrás.
Ainda de acordo com os servidores, a Eletrobrás está pressionando os trabalhadores a aderirem a um programa de demissão voluntária e ameaçando-os de perder benefpicios, como adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade.
"Com a redução do valor da energia elétrica anunciada pelo governo federal, as empresas tiveram prejuízo e querem passar isso para a folha salarial. Eles dizem, também, que só irão negociar depois que for apresentado o número de pessoas que irão se desligar. E isso nós não admitimos", disse o presidente da FEderação Regional dos
Urbanitários do Nordeste (Frune), Edvaldo Gomes.
Gomes disse, ainda, que a empresa não apresentou nenhuma contra-prospta de negociação. Os servidores pedem reajuste de 1,2%, referente ao PIB, e a inflação do ano anterior, que ainda não foi calculada mas que, segundo ele, fica em torno de 6,5%.