Na abertura, papa e Dilma falam em qualidade de vida para os jovens Em seus pronunciamentos, ambos defenderam a melhoria das condições de vida da juventude, a quem o papa classificou como a ?menina dos olhos? 23.07.2013 | Atualizado em
Publicada em 23/07/13 - 706 visualizações
por Fonte: Correios
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Papa Francisco discursa para cerca de 650 convidados no Palácio
Guanabara, no Rio de Janeiro. Pronunciamento foi o primeiro compromisso
oficial do pontífice no solo brasileiro
Em seus
pronunciamentos, ambos defenderam a melhoria das condições de vida da
juventude, a quem o papa classificou como a "menina dos olhos". Em
um discurso proferido em um português com sotaque acentuado, o pontífice
fez referência à sua origem latina e afirmou que veio ao Brasil para se
juntar a jovens de todo o mundo, que foram atraídos ao país pelo braços
do Cristo Redentor. "Cristo abre espaço para eles, pois sabe que
energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do
coração dos jovens", afirmou em discurso.
Logo no início da sua
fala, Dilma ressaltou a confluência de pensamentos entre os dois, ao
declarar que ambos estão preocupados com a redução da desigualdade
social e melhoria das condições de vida dos mais pobres.
A
presidente também citou elogiosamente as manifestações que mobilizaram
centenas de milhares de pessoas pelo país e afirmou saber que ainda há
muito a ser feito. "Democracia gera desejo de mais democracia. E
inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de
vida desperta anseios por mais qualidade de vida. Para nós, todos os
avanços que conquistamos são só um começo", disse a presidente.
Pacto A
presidente ainda sugeriu ao pontífice que ele contribua na disseminação
de iniciativas contra a pobreza. "Acreditamos que o apoio da igreja
pode transformar isso em iniciativa global (sobre programas de combate à
miséria)", disse.
"A sua ajuda agregaria mais condições para
criar uma ampla aliança contra a fome a pobreza, disseminando as boas
experiências", completou ela. Depois do discurso, proferido para os
cerca de 650 convidados que estavam no palácio, Dilma teve um encontro
reservado com o papa.
De acordo com fontes do Palácio do
Planalto, a presidente Dilma Rousseff propôs ao papa apoio a projetos
internacionais de combate à pobreza e à exclusão social, como
iniciativas voltadas para o continente africano.
Dilma vai
destacar ainda a "coincidência" que acredita haver entre a opção pelos
pobres do papa e a "prioridade histórica" de seu governo e do de Lula
com programas para combater a pobreza no Brasil.
Depois do
encontro com a presidente, o papa seguiu de carro até a residência
oficial da Arquidiocese do Rio, em Sumaré, onde ficará hospedado,
enquanto permanecer no Rio. Na chegada ao Palácio Assunção, no Sumaré, o
papa abençoou uma criança. Ao todo, nove crianças foram beijadas pelo
pontífice durante o trajeto nesse primeiro dia.
Recepção De
acordo com a assessoria do governo do Rio, a cerimônia de recepção ao
papa custou R$ 850 mil. Segundo a nota, houve um "serviço simples de
buffet", que incluiria água, café e biscoitos. A empresa contratada por
licitação para a cerimônia seria a Cenários e Cenas Consultoria,
Assessoria e Planejamento.
Dividindo o custo total pela lista
de presentes, o evento custaria por pessoa cerca de R$ 1,3 mil. A
assessoria não detalhou as despesas de cerca de R$ 840 mil, ou seja, 98%
do total divulgado pelo próprio órgão para o evento.
Wagner e ACM Neto participam da recepção ao papa Em
homenagem ao pontífice, a presidente Dilma Rousseff entregou uma
escultura ao papa. O presente é a obra O Frade Lendo, do paranaense João
Turin. A obra foi criada na década de 1940 e tem 44 cm de altura. Dilma
chegou à Base Aérea do Galeão pouco antes do desembarque do papa que
ocorreu às 16h, como estava pontualmente previsto na agenda.
Uma
comitiva formada por governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o
prefeito da cidade, Eduardo Paes, e ministros de diversas pastas também
aguardava a chegada do pontífice no aeroporto.
No Palácio
Guanabara, o governador Jaques Wagner, acompanhado da primeira-dama,
Fátima Mendonça, o prefeito ACM Neto e o vereador Joceval Rodrigues,
representante da Igreja Católica na Câmara, também aguardavam o papa, juntamente com outras autoridades políticas e religiosas do Brasil.
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