Uma mobilização poderá ocorrer no Raso
da Catarina com a decisão da Superintendência de Estudos Sociais e
Econômicos da Bahia (SEI) de transferir 53% do território de Rodelas
para os municípios de Macururé e Glória, num total de 1.366 km².
O prefeito Emanuel Rodrigues Ferreira
(PCdoB), disse que a mudança foi anunciada segunda-feira próxima passada
pela SEI "com o argumento descabido de que pessoas de Rodelas estão
mais vinculadas a Macururé e Glória".
De passagem pela Assembleia Legislativa
para articular uma reação com deputados aliados, o prefeito conseguiu
apoio do correligionário Álvaro Gomes, que fez um pronunciamento
comprometendo-se a "lutar pela autonomia de Rodelas".
Elogiando a "administração exemplar de
um prefeito comunista", Álvaro protestou contra a nova definição de
limites na região: "Não aceitamos isso. Não autorizo o líder do governo a
fazer nenhum acordo nesse sentido".
Emanuel Rodrigues explicou que a
parte que Rodelas perderia é justamente a do Raso da Catarina, onde
viveu a índia tuxá Catarina, que dá nome a região, signnificando que o
município seria atingido "em suas raizes históricas" sem contar que se
trata de área de grande potencial para a energia eólica e a mineração.
O problema foi levado também ao governador Jaques Wagner e ao secretário da Casa Civil, Rui Costa.
Na Assembleia, o prefeito conversou
ainda com os deputados Paulo Rangel e Marcelino Galo, do PT, e João
Bonfim (PDT), presidente da Comissão de Assuntos Territoriais, a quem
pediu para "não votar nada sobre a matéria enquanto não houver uma
reavaliação".