A sessão foi realizada no Fórum Criminal de Sussuarana pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa Oliveira. Os advogados dos réus e a promotora de Justiça Cristina Santos estiveram presentes.
No dia 23, três testemunhas foram ouvodas a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A sessão foi suspensa e retomada nesta sexta-feira. Eles são amigos, parentes ou colegas das vítimas. A segunda audiência de instrução será realizada no dia 26 de novembro, quando começam a ser ouvidas as testeminhas de defesa dos réus.
São cinco suspeitos indicados pelo MP-BA. Segundo a Promotoria, dois deles são donos da Mastermed, empresa que presta serviço de plano de saúde ao sindicato, apontados como autores intelectuais do crime; um é empregado dos empresários e teria tido a função de executar as vítimas, os outros dois são considerados partícipes, com função de vigiar a rotina do sindicalista e de sua esposa.
Segundo a polícia, as mortes foram motivadas por investigação interna feita por Colombiano nas contas do sindicato relativas ao pagamento dos gastos com plano de saúde. A polícia informou que, desde 2005, a empresa recebeu R$ 106 milhões do sindicato.
Colombiano, que era tesoureiro da entidade, desconfiou do pagamento de cerca de R$ 35 milhões da verba só com taxas administrativas. Ele teria descoberto dívidas junto com o INSS, FGTS e Receita Federal, e diminuído despesas geradas pela diretoria do sindicato. A prisão preventiva dos suspeitos foi pedida pelo MP-BA em outubro de 2012.
Colombiano era o responsável financeiro do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, que possui mais de 14 mil associados, 80 diretores e 52 funcionários.
A folha de arrecadação é estimada em R$ 5 milhões por ano, verba atingida apenas com as mensalidades dos sócios. Após os assassinatos, foram contratados seguranças e instaladas câmeras para filmagem na sede da entidade.
O crime ocorreu na noite de 29 de junho de 2010. O casal voltava para casa quando o carro em que estava foi atingido por tiros no bairro de Brotas, em Salvador. Os dois morreram na hora.