Um perigo que ronda a Paraíba, Fortaleza, Rio Grande do Norte e Pernambuco há mais de três anos, pode estar cada vez mais próximo de acontecer. Dois vulcões, El Hierro e Cumbre de Vieja, ambos localizados no arquipélago das Canárias vem dando sinais de atividade desde 2010 e os efeitos disso podem causar um tsunami no litoral brasileiro e atingir em menos de seis horas o litoral paraibano.
Apesar do monitoramento nenhum alerta de tremor foi emitido. Alguns abalos, odor de enxofre e aquecimento das águas das ilhas já é relatado por cientistas e pesquisadores dão como certo de que se ele atingir níveis altos de atividade pode causar destruição sem precedentes.
O vulcão está a 4.500 KM da Paraíba e uma erupção mais forte pode provocar ondas gigantes que viajariam a 800 Km/h até atingir, entre seis e oito horas, o litoral paraibano.
A notícia tomou grande proporção devido à participação de um vidente na mídia em Fortaleza afirmando que, hoje (24), um tsunami assolaria parte do Brasil, e as regiões mais prejudicadas seriam os litorais Norte e Nordeste.
A revelação causou espanto, principalmente nas famílias moradores das áreas costeiras da praia. Pessoas já pensam em sair de casa, salvar bens, proteger a família, buscar um local seguro, longe do maremoto. "Todos aqui do bairro e das redondezas estão preocupados. Pensam até em se mudar pra fugir da onda", comenta Laélia Pessoa, 38, moradora do bairro Pirambu.
No entanto, de acordo com pesquisas do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), as chances de uma gigantesca onda atingir o país são mínimas. "Não existe nenhuma evidência científica que comprove esse fato. Além disso, em toda a história, nunca tivemos registros de vulcões, terremotos e outras catástrofes aqui no Brasil", explica o professor de Oceanografia do Labomar, Carlos Teixeira, com o objetivo de tranquilizar a população.
Estudos revelam que, caso haja uma erupção vulcânica nas Ilhas Canárias, situadas no Oceano Atlântico, poderá acontecer a tão falada onda. Mas isso só ocorrerá se for seguido de uma série de outros fenômenos, como a intensidade da erupção, uma parte específica da ilha (que é banhada pelo Atlântico) desmoronar no mar, e a velocidade dessa queda.
Ainda assim, acredita-se que esse fenômeno não chegará ao nosso país. "Estudos teóricos confirmam isso. As chances de acontecer são quase nulas", enfatiza o professor.