O anúncio de que a presidente Dilma Rousseff não compareceria à solenidade de abertura da 16ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, na manhã de ontem (9), não foi bem recebida pelos gestores.
Quando o presidente da Confederação nacional dos Municípios (CNM), Paulo Zilkowski, informou aos participantes que Dilma não estaria presente, uma estrondosa vaia ecoou pelo auditório do Royal Tulip Hotel - local do evento.
Mas Zilkowisk tentou remediar a situação. "Vivemos momentos difíceis. Os municípios são barris de pólvora. O que menos precisamos agora é de um incêndio. Temos que construir com a presidente alternativas para a crise, sem esconder nossas divergências, mas com respeito institucional", afirmou, acrescentando Dilma estará hoje (10), às 11h, com os prefeitos.
Os gestores também devem ir à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. O encontro, marcado para as 15h, deve contar com a presença de mais de 3 mil prefeitos e será realizado no Salão Verde. Uma das questões que tem incomodado os prefeitos é a tramitação de um Projeto de Lei que repassa para os municípios a obrigatoriedade de contratação de 63 mil médicos em todo o país. "Essa tem que ser uma atribuição de Estados e União. Se ficar do jeito que está, iremos à bancarrota", desabafou um dos prefeitos presentes à abertura.